A reforma do Ensino Médio, sancionada em fevereiro pelo presidente Michel Temer, ainda terá um longo caminho a ser percorrido até que seja aplicada efetivamente dentro das salas de aulas, tanto em escolas particulares como nas escolas públicas. Entre as principais mudanças estão aumento da carga horária e a possibilidade de escolha, por parte do aluno, de um currículo que esteja voltado para as suas aptidões dentro da sua área de interesse; os chamados itinerários formativos. Desde que foi sancionada a nova lei, as escolas particulares estão acompanhando o processo de implantação que deve acontecer efetivamente em 2019, já que existe a necessidade da aprovação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que deverá ser apresentada pelo Ministério da Educação (Mec) ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

O diretor regional (Sucursal Campinas) do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (SIEEESP), Antonio Francisco dos Santos, concedeu entrevista a Revista Veja (edição 2549, setembro de 2017) e defendeu que as escolas privadas tenham autonomia na elaboração do próprio projeto pedagógico e de seus itinerários formativos. “A maioria dos colégios já iniciou um trabalho de orientação pedagógica para a formação do currículo, e o próprio SIEEESP montou uma equipe especial para debater o assunto e auxiliar os colégios em suas dúvidas”, informou.

Nesse contexto, o Sistema COC e o Colégio CB COC São Roque já iniciaram os trabalhos de estudo e pesquisa. Em maio o Comitê Estratégico COC 2017 realizou na cidade de Foz do Iguaçu um Seminário para debater o assunto e o Colégio CB está acompanhando todas as etapas do processo de regulamentação da lei, assim como a elaboração de um planejamento para as discussões de preparação dos itinerários formativos que o Colégio poderá oferecer. Um dos principais pontos da reforma do Ensino Médio é o avanço da carga horária. Nesse sentido, a vice-diretora do Colégio CB, Evelyn Gennari, explica que o colégio já tem uma carga horária diferenciada. “Com a reforma a carga horária passa de 800 para 1,4 horas aulas. Já aplicamos uma grade de 1,512 h/a para o 1°ano, 1,386 para o 2°ano e 1,428 para o 3°ano”, informou Evelyn.

Para a vice-diretora, o grande desafio é a concepção dos itinerários formativos, que devem proporcionar ao jovem uma formação global e coerente, além de atender a suas vocações a aptidões. “Cada escola tem o seu perfil institucional, e o desafio será adaptar conteúdos, estratégias e material didático ao novo modelo. Aqui no Colégio CB estamos trabalhando para a adequação sem perder o nosso principal diferencial no Ensino Médio, o atendimento personalizado. O que garante aos nossos alunos ótimos resultados no Enem e nos vestibulares”, finalizou Evelyn.