Os celulares se tornaram uma extensão de nós mesmos, mas o que acontece quando essa relação ultrapassa os limites saudáveis? A nomofobia, ou o medo de ficar sem telefone/celular, é uma realidade crescente entre os adolescentes, gerando preocupações significativas para pais e educadores.

Foi pensando nisso que trouxemos este post. Aqui você verá detalhadamente o que é nomofobia, quais são os principais sintomas e quais ações podem ser tomadas para colocar limites no uso desses aparelhos digitais.

O que é nomofobia?

A nomofobia, uma contração de "no mobile phobia" — fobia de ficar sem celular, em tradução livre —, é um termo utilizado para descrever o medo irracional e a ansiedade associada à impossibilidade de se comunicar por meio de dispositivos móveis, como smartphones. Essa condição reflete a dependência cada vez mais comum das pessoas em relação aos seus telefones celulares.

Ela vai além da simples preocupação em ficar sem o aparelho por um curto período, sendo categorizada como uma ansiedade intensa que pode surgir quando a pessoa está sem acesso ao seu dispositivo, mesmo em situações socialmente aceitáveis.

Essa condição é particularmente relevante em contextos sociais, profissionais e educacionais, impactando como as pessoas se relacionam, estudam e trabalham. É importante destacar que, embora o termo seja utilizado informalmente, a nomofobia não é oficialmente reconhecida como uma condição médica nos manuais diagnósticos, mas continua sendo objeto de estudo e discussão na área da saúde mental.

Quais são os sintomas?

A nomofobia pode manifestar uma variedade de sintomas, aqui estão alguns dos mais comuns:

ansiedade, nervosismo e inquietação quando o celular não está disponível;

preocupação constante com a bateria do celular ou a falta de sinal;

sentimento de pânico, angústia ou desespero ao perder, ou esquecer o celular;

sintomas físicos, como palpitações cardíacas, sudorese excessiva e tremores;

comportamentos compulsivos, como checar o celular constantemente, mesmo sem notificações ou evitar situações em que o uso do celular seja restrito.

Quais são os impactos?

Esse problema pode impactar negativamente a vida de um jovem, veja quais são as principais consequências:

dificuldade de concentração nas aulas devido à constante preocupação com o celular;

dificuldade em manter conversas face a face e de construir habilidades socioemocionais;

redução da qualidade das interações sociais devido à distração constante com o celular;

diminuição da eficiência no trabalho devido à constante verificação do celular;

redução da participação em eventos sociais por receio de ficar sem o celular;

utilização excessiva do celular antes de dormir, prejudicando a qualidade do sono;

ansiedade adicional devido à pressão constante para estar sempre disponível.

É importante observar que os sintomas e impactos podem variar de pessoa para pessoa, e nem todos que utilizam seus celulares experimentam intensamente a nomofobia. No entanto, quando esses sintomas começam a interferir na vida diária, é recomendável buscar orientação profissional.

O que os pais podem fazer?

Os pais são os principais exemplos e responsáveis pelos seus filhos, aqui estão algumas estratégias que podem ajudá-los a promover um equilíbrio saudável no uso da tecnologia:

defina horários específicos para o uso do celular, especialmente durante refeições, atividades familiares e antes de dormir;

seja exemplo e demonstre comportamentos equilibrados no uso da tecnologia. Os filhos imitam frequentemente o que veem em casa;

incentive a participação em atividades ao ar livre, leitura, jogos de tabuleiro e outras formas de entretenimento que não envolvam telas. Se possível, participe também;

separe áreas específicas da casa, como a mesa de jantar, como espaços livres de celulares para promover a interação pessoal;

conheça as plataformas digitais e aplicativos que os filhos utilizam, estabelecendo uma comunicação aberta sobre suas atividades online;

auxilie os filhos a desenvolverem habilidades para gerenciar seu tempo de forma equilibrada, incluindo períodos designados para o uso do celular;

crie um ambiente no qual os filhos se sintam confortáveis compartilhando suas experiências online, preocupações e desafios.

Embora a tecnologia e os celulares ofereçam inúmeros benefícios, saber o que é a nomofobia é indispensável para buscar o equilíbrio. Estabelecendo limites claros e promovendo hábitos saudáveis é possível auxiliar os jovens a aproveitar as vantagens da conectividade digital de maneira equilibrada.

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